quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Núbia Cozzolino (PMDB) prefeita afastada de Magé.

O Tribunal de Justiça decidiu afastar a prefeita reeleita de Magé, Núbia Cozzolino (PMDB). O órgão aceitou denúncia do Ministério Público Estadual contra a prefeita por formação de quadrilha e peculato (apropriação indébita de dinheiro ou bem público) e ela responderá a processo afastada cautelarmente do cargo. A peemedebista desafiou a Justiça e o Ministério Público a apresentar provas de seus supostos crimes.

"Vou recorrer. Quero que a Promotoria apresente as provas de que eu roubei", disse.

Leia também:

Oito são presos por desvio de verbas em Magé

Irmão de Núbia Cozzolino é preso em operação da polícia em Magé


Prefeito de Rio das Ostras é cassado.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro cassou os diplomas do prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Carvalho Balthazar (PMDB) e do seu vice Benedito Wilton de Morais.



Mais uma vez Rio das Ostras está sem prefeito. Mas calma. Não solte fogos nem abra a champagne, ainda cabe recurso e...já vimos esta história antes.

Presidente do DETRO nomeado pelo governador é réu em vários processos

Deputado Paulo Ramos ( PDT) fala sobre os processos que o presidente do DETRO responde na justiça











sexta-feira, 9 de outubro de 2009

GOVERNADOR - TIRO PORRADA E BOMBA NOS PROFESSORES




Polícia de Cabral ataca professores com bombas e tiros. Apenas um reflexo de como o governo do PMDB (Pode ManDar Bomba) se relaciona com trabalhadores. Não escapa nem a categoria da própria mãe do governador. Que vergonha: outro menino sem educação governando o Estado!


A polícia do Cabral, acostumada ao Caveirão e a atacar trabalhadores que fazem protestos, veio com toda a fúria contra os professores. Depois de uma passeata pacífica, da Candelária ao Palácio Tiradentes, a PM exigia a retirada do carro de som do SEPE - o que seria impossível, pois a assemblelia contava com mais de cinco mil pessoas (na maioria mulheres: professoras, aposentadas e alunas do Curso Normal). A foto é um "zoom" de como tudo começou. Depois de apontar as armas para professores, a PM atacou com bombas de efeito moral e de gás de pimenta.

Como o Sindicato não reagiu como eles esperavam (com violência) e após a decida de uma Comissão de Deputados, a Tropa de Choque do Cabral se retirou sob vaias.

DETALHE: Uma semana antes os organizadores dos bailes funks não foram incomodados pela polícia, apesar de estarem com carro de som muito mais potente. Por que será?

EM TEMPO: O Cabral bem que podia levar uma surra da mãe. Quem sabe esse menino ainda aprende alguma coisa, né?

DEPUTADO JORGE PICCIANNI NÃO FOI CASSADO

TSE nega cassação de mandato do presidente da Alerj, Jorge Picciani

BRASÍLIA - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, na noite desta quinta-feira, recurso do Ministério Público (MP) que pedia a cassação do presidente da Assembléia Legislativa do Rio, deputado Jorge Picciani (PMDB). Em votação unânime, os ministros do tribunal entenderam que, como as acusações que recaem sobre o parlamentar ainda não foram julgadas, ele não poderia ser afastado do seu cargo. Ou seja, prevaleceu a "presunção da inocência", como argumentou o relator do processo no TSE, ministro Ricardo Lewandowski.
O MP entrou com recurso contra Picciani com base em algumas acusações que pesam sobre o deputado, como evasão fiscal e uso de trabalho escravo, mas ainda não foram julgadas. Ainda cabe recurso da decisão de hoje do TSE.
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2009/06/18/tse-nega-cassacao-de-mandato-do-presidente-da-alerj-jorge-picciani-756411451.asp

DEPUTADO JORGE PICCIANI E O TRABALHO ESCRAVO EM SUA FAZENDA

O deputado Jorge Picciani não está mais na lista suja do Ministério do Trabalho. Esteve de 2004 a 2006, mas, pela regra, quando não há reincidência em dois anos, a pessoa sai da lista. Quando entrou foi porque, em uma de suas fazendas, foram flagradas 39 pessoas trabalhando em condições precárias e mantidas lá por pessoas armadas. Hoje, Picciani continua presidindo a Assembléia do Rio e seu filho, Leonardo, é o presidente da mais importante comissão da Câmara Federal.

Os Piccianis são do apoio legislativo do governador Sérgio Cabral, que, supostamente, iniciou no Rio um novo tempo. Difícil é conciliar os dois lados do governador. Um lado faz escolhas corretas e defende posições públicas modernas; o outro apóia e promove os Piccianis. Leonardo trabalhou com o pai na administração das fazendas.

O trabalho escravo é apenas um dos fatos desabonadores. O deputado estadual Jorge Picciani, como mostrou O GLOBO, faz parte do grupo de deputados e ex-deputados notificados pela Receita Federal por sonegação. A punição foi em conseqüência da memorável série de reportagens "Os homens de bens da Alerj".

O Brasil é um país esquisito. O que faz um governador jovem, que pode ser um recomeço para o Rio, patrocinar para a CCJ uma pessoa tão controversa?
O que faz um Congresso que precisa refazer sua imagem, depois de tantos escândalos, escolher para uma comissão com o nome de Constituição e Justiça uma pessoa que não deu demonstração de estar tecnicamente preparada para o cargo e com uma reputação que não a recomenda?

No dia 30 de junho de 2003, numa de suas fazendas, a Agrovás, em São Félix do Araguaia, 39 trabalhadores foram encontrados pelo grupo móvel do Ministério do Trabalho. Trabalhavam sob a vigilância dos "gatos" armados, não tinham acesso a água potável, nem vínculos empregatícios, e, entre eles, havia um menor de 17 anos.

A explicação do deputado Jorge Picciani na época? Ora, a mesma que todos dão: que não tinha culpa, não sabia de nada - apesar das visitas e sobrevôos à fazenda -, que havia contratado dois empreiteiros e fora vítima deles. Fez um acordo com o Ministério Público em que se comprometeu a cumprir a lei e pagou multa de R$250 mil.

O Brasil é assim: um homem que tem um patrimônio de R$7,7 milhões, para reduzir seus custos, contrata dois "gatos" para trazer trabalhadores não se sabe de onde, para morar não se sabe em que condições, para receber não se sabe quanto. Quando apanhado em flagrante, diz-se vítima. Ele é presidente da Assembléia do segundo maior estado do país; seu filho, auxiliar na administração das fazendas, vai presidir a CCJ.

Quando algum parceiro comercial usar o argumento de que, no Brasil, existe trabalho escravo, o que mesmo o Itamaraty vai dizer? Que é pretexto para protecionismo.

O fato é que existem hoje 300 empresas na lista suja, ainda que baste a não reincidência para sair da lista. Nessa área, há boas e más notícias. Uma ruim veio embrulhada numa boa notícia.

A Super-Receita, que vai simplificar a vida do contribuinte e aumentar a eficiência da máquina, traz uma emenda que pode impedir um trabalho igual ao daqueles fiscais em 2003, na Agrovás.

Ruth Villela, secretária de Inspeção do Ministério do Trabalho, disse que a emenda três não tinha a intenção, mas acabou dificultando muito a ação do Estado no combate ao trabalho escravo:

- A emenda diz que, no caso de haver dúvida sobre a natureza do vínculo empregatício, a fiscalização está impedida de concluir qual é o vínculo. A dúvida tem que ser dirimida na Justiça Trabalhista. Ora, quando há um flagrante de trabalho escravo, o fiscal representa a ação do Estado. Da sua atuação rápida, saem, por exemplo, as verbas rescisórias e a entrada dele no seguro desemprego. Agora o trabalhador terá que individualmente ir à Justiça reclamar seus direitos.

Ela está convencida de que a emenda à lei da Super-Receita não foi escrita com essa intenção, mas, por ser genérica demais, acabou criando essa situação que na prática dificulta a luta contra o trabalho escravo.

Mas, nessa área, há boas notícias, felizmente. A Organização Internacional do Trabalho informa que está iniciando a segunda etapa do Pacto contra o trabalho escravo. A primeira tem tido frutos. Várias empresas descredenciaram fornecedores. A Coteminas hoje exige nota fiscal de origem, para que o fornecedor prove que não compra de quem está na lista suja. O Instituto Carvão Cidadão suspendeu 312 carvoarias e entregou as informações sobre elas ao Ministério Público. O setor sucro-alcooleiro não compra mais da Destilaria Gameleira, de Eduardo Monteiro.

A OIT está contratando a Repórter Brasil e o Observatório Social para fazer novos estudos da cadeia produtiva e monitorar o respeito ao pacto.

- Será feito também o Atlas do trabalho escravo, mostrando de que municípios saem os trabalhadores, as rotas, para onde vão. O perfil do "gato" e do empresário que usa esse trabalho - diz Patricia Audi, da OIT.

Estão sendo treinados 200 trabalhadores libertados para que eles voltem a trabalhar na siderurgia, mas agora da forma certa.

- Chegou a hora da colheita depois de dois anos de pacto. Vamos separar o joio do trigo - afirma Patrícia.

FONTE

DEPUTADO JORGE PICCIANI E O TRABALHO ESCRAVO EM SUA FAZENDA

O deputado Jorge Picciani não está mais na lista suja do Ministério do Trabalho. Esteve de 2004 a 2006, mas, pela regra, quando não há reincidência em dois anos, a pessoa sai da lista. Quando entrou foi porque, em uma de suas fazendas, foram flagradas 39 pessoas trabalhando em condições precárias e mantidas lá por pessoas armadas. Hoje, Picciani continua presidindo a Assembléia do Rio e seu filho, Leonardo, é o presidente da mais importante comissão da Câmara Federal.

Os Piccianis são do apoio legislativo do governador Sérgio Cabral, que, supostamente, iniciou no Rio um novo tempo. Difícil é conciliar os dois lados do governador. Um lado faz escolhas corretas e defende posições públicas modernas; o outro apóia e promove os Piccianis. Leonardo trabalhou com o pai na administração das fazendas.

O trabalho escravo é apenas um dos fatos desabonadores. O deputado estadual Jorge Picciani, como mostrou O GLOBO, faz parte do grupo de deputados e ex-deputados notificados pela Receita Federal por sonegação. A punição foi em conseqüência da memorável série de reportagens "Os homens de bens da Alerj".

O Brasil é um país esquisito. O que faz um governador jovem, que pode ser um recomeço para o Rio, patrocinar para a CCJ uma pessoa tão controversa?
O que faz um Congresso que precisa refazer sua imagem, depois de tantos escândalos, escolher para uma comissão com o nome de Constituição e Justiça uma pessoa que não deu demonstração de estar tecnicamente preparada para o cargo e com uma reputação que não a recomenda?

No dia 30 de junho de 2003, numa de suas fazendas, a Agrovás, em São Félix do Araguaia, 39 trabalhadores foram encontrados pelo grupo móvel do Ministério do Trabalho. Trabalhavam sob a vigilância dos "gatos" armados, não tinham acesso a água potável, nem vínculos empregatícios, e, entre eles, havia um menor de 17 anos.

A explicação do deputado Jorge Picciani na época? Ora, a mesma que todos dão: que não tinha culpa, não sabia de nada - apesar das visitas e sobrevôos à fazenda -, que havia contratado dois empreiteiros e fora vítima deles. Fez um acordo com o Ministério Público em que se comprometeu a cumprir a lei e pagou multa de R$250 mil.

O Brasil é assim: um homem que tem um patrimônio de R$7,7 milhões, para reduzir seus custos, contrata dois "gatos" para trazer trabalhadores não se sabe de onde, para morar não se sabe em que condições, para receber não se sabe quanto. Quando apanhado em flagrante, diz-se vítima. Ele é presidente da Assembléia do segundo maior estado do país; seu filho, auxiliar na administração das fazendas, vai presidir a CCJ.

Quando algum parceiro comercial usar o argumento de que, no Brasil, existe trabalho escravo, o que mesmo o Itamaraty vai dizer? Que é pretexto para protecionismo.

O fato é que existem hoje 300 empresas na lista suja, ainda que baste a não reincidência para sair da lista. Nessa área, há boas e más notícias. Uma ruim veio embrulhada numa boa notícia.

A Super-Receita, que vai simplificar a vida do contribuinte e aumentar a eficiência da máquina, traz uma emenda que pode impedir um trabalho igual ao daqueles fiscais em 2003, na Agrovás.

Ruth Villela, secretária de Inspeção do Ministério do Trabalho, disse que a emenda três não tinha a intenção, mas acabou dificultando muito a ação do Estado no combate ao trabalho escravo:

- A emenda diz que, no caso de haver dúvida sobre a natureza do vínculo empregatício, a fiscalização está impedida de concluir qual é o vínculo. A dúvida tem que ser dirimida na Justiça Trabalhista. Ora, quando há um flagrante de trabalho escravo, o fiscal representa a ação do Estado. Da sua atuação rápida, saem, por exemplo, as verbas rescisórias e a entrada dele no seguro desemprego. Agora o trabalhador terá que individualmente ir à Justiça reclamar seus direitos.

Ela está convencida de que a emenda à lei da Super-Receita não foi escrita com essa intenção, mas, por ser genérica demais, acabou criando essa situação que na prática dificulta a luta contra o trabalho escravo.

Mas, nessa área, há boas notícias, felizmente. A Organização Internacional do Trabalho informa que está iniciando a segunda etapa do Pacto contra o trabalho escravo. A primeira tem tido frutos. Várias empresas descredenciaram fornecedores. A Coteminas hoje exige nota fiscal de origem, para que o fornecedor prove que não compra de quem está na lista suja. O Instituto Carvão Cidadão suspendeu 312 carvoarias e entregou as informações sobre elas ao Ministério Público. O setor sucro-alcooleiro não compra mais da Destilaria Gameleira, de Eduardo Monteiro.

A OIT está contratando a Repórter Brasil e o Observatório Social para fazer novos estudos da cadeia produtiva e monitorar o respeito ao pacto.

- Será feito também o Atlas do trabalho escravo, mostrando de que municípios saem os trabalhadores, as rotas, para onde vão. O perfil do "gato" e do empresário que usa esse trabalho - diz Patricia Audi, da OIT.

Estão sendo treinados 200 trabalhadores libertados para que eles voltem a trabalhar na siderurgia, mas agora da forma certa.

- Chegou a hora da colheita depois de dois anos de pacto. Vamos separar o joio do trigo - afirma Patrícia.

FONTE

DEPUTADO ALAIR CORREIA ( PMDB)

Preso homem com 15 cartões de vítimas do auxílio-educação

Um homem, que segundo a polícia, seria de confiança do deputado Alair Correa (PMDB) foi preso nesta quarta-feira (16) dentro de uma agência bancária em Cabo Frio, na Região dos Lagos. De acordo com as investigações, com ele foram apreendidos vários cartões bancários que seriam de funcionários fantasmas da Assembléia Legislativa.

LEIAMAIS

O PMDB é corrupto

Senador peemedebista diz que a maioria dos integrantes do seu partido só pensa em corrupção e que a eleição de José Sarney à presidência do Congresso é um retrocesso

A ideia de que parlamentares usem seu mandato preferencialmente para obter vantagens pessoais já causou mais revolta. Nos dias que correm, essa noção parece ter sido de tal forma diluída em escândalos a ponto de não mais tocar a corda da indignação.

Mesmo em um ambiente político assim anestesiado, as afirmações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos, de 66 anos, 43 dos quais dedicados à política e ao PMDB, nesta entrevista a VEJA soam como um libelo de alta octanagem.

Jarbas se revela decepcionado com a política e, principalmente, com os políticos. Ele diz que o Senado virou um teatro de mediocridades e que seus colegas de partido, com raríssimas exceções, só pensam em ocupar cargos no governo para fazer negócios e ganhar comissões. Acusa o ex-governador de Pernambuco: "Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção".

O que representa para a política brasileira a eleição de José Sarney para a presidência do Senado?

É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney apareceu como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador.

Mas ele foi eleito pela maioria dos senadores.

Claro, e isso reflete o que pensa a maioria dos colegas de Parlamento. Para mim, não tem nenhum valor se Sarney vai melhorar a gráfica, se vai melhorar os gabinetes, se vai dar aumento aos funcionários. O que importa é que ele não vai mudar a estrutura política nem contribuir para reconstruir uma imagem positiva da Casa. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão.

Como o senhor avalia sua atuação no Senado?

Às vezes eu me pergunto o que vim fazer aqui. Cheguei em 2007 pensando em dar uma contribuição modesta, mas positiva – e imediatamente me frustrei. Logo no início do mandato, já estourou o escândalo do Renan (Calheiros, ex-presidente do Congresso que usou um lobista para pagar pensão a uma filha). Eu me coloquei na linha de frente pelo seu afastamento porque não concordava com a maneira como ele utilizava o cargo de presidente para se defender das acusações. Desde então, não posso fazer nada, porque sou um dissidente no meu partido. O nível dos debates aqui é inversamente proporcional à preocupação com benesses. É frustrante.

O senador Renan Calheiros acaba de assumir a liderança do PMDB...

Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido. Renan é o maior beneficiário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando à paisagem.

O senhor é um dos fundadores do PMDB. Em que o atual partido se parece com aquele criado na oposição ao regime militar?

Em nada. Eu entrei no MDB para combater a ditadura, o partido era o conduto de todo o inconformismo nacional. Quando surgiu o pluripartidarismo, o MDB foi perdendo sua grandeza. Hoje, o PMDB é um partido sem bandeiras, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos.

Para que o PMDB quer cargos?

Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coisas pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo é corrupção.

Quando o partido se transformou nessa máquina clientelista?

De 1994 para cá, o partido resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer eleição. Daqui a dois anos o PMDB será ocupante do Palácio do Planalto, com José Serra ou com Dilma Rousseff. Não terá aquele gabinete presidencial pomposo no 3º andar, mas terá vários gabinetes ao lado.

Por que o senhor continua no PMDB?

Se eu sair daqui irei para onde? É melhor ficar como dissidente, lutando por uma reforma política para fazer um partido novo, ao lado das poucas pessoas sérias que ainda existem hoje na política.

Lula ajudou a fortalecer o PMDB. É de esperar uma retribuição do partido, apoiando a candidatura de Dilma?

Não há condições para isso. O PMDB vai se dividir. A parte majoritária ficará com o governo, já que está mamando e não é possível agora uma traição total. E uma parte minoritária, mas significativa, irá para a candidatura de Serra. O partido se tornará livre para ser governo ao lado do candidato vencedor.

O senhor sempre foi elogiado por Lula. Foi o primeiro político a visitá-lo quando deixou a prisão, chegou a ser cotado para vice em sua chapa. O que o levou a se tornar um dos maiores opositores a seu governo no Congresso?

Quando Lula foi eleito em 2002, eu vim a Brasília para defender que o PMDB apoiasse o governo, mas sem cargos nem benesses. Era essencial o apoio a Lula, pois ele havia se comprometido com a sociedade a promover reformas e governar com ética. Com o desenrolar do primeiro mandato, diante dos sucessivos escândalos, percebi que Lula não tinha nenhum compromisso com reformas ou com ética. Também não fez reforma tributária, não completou a reforma da Previdência nem a reforma trabalhista. Então eu acho que já foram seis anos perdidos. O mundo passou por uma fase áurea, de bonança, de desenvolvimento, e Lula não conseguiu tirar proveito disso.

A favor do governo Lula há o fato de o país ter voltado a crescer e os indicadores sociais terem melhorado.

O grande mérito de Lula foi não ter mexido na economia. Mas foi só. O país não tem infraestrutura, as estradas são ruins, os aeroportos acanhados, os portos estão estrangulados, o setor elétrico vem se arrastando. A política externa do governo é outra piada de mau gosto. Um governo que deixou a ética de lado, que não fez as reformas nem fez nada pela infraestrutura agora tem como bandeira o PAC, que é um amontoado de projetos velhos reunidos em um pacote eleitoreiro. É um governo medíocre. E o mais grave é que essa mediocridade contamina vários setores do país. Não é à toa que o Senado e a Câmara estão piores. Lula não é o único responsável, mas é óbvio que a mediocridade do governo dele leva a isso.

Mas esse presidente que o senhor aponta como medíocre é recordista de popularidade. Em seu estado, Pernambuco, o presidente beira os 100% de aprovação.

O marketing e o assistencialismo de Lula conseguem mexer com o país inteiro. Imagine isso no Nordeste, que é a região mais pobre. Imagine em Pernambuco, que é a terra dele. Ele fez essa opção clara pelo assistencialismo para milhões de famílias, o que é uma chave para a popularidade em um país pobre. O Bolsa Família é o maior programa oficial de compra de votos do mundo.

O senhor não acha que o Bolsa Família tem virtudes?

Há um benefício imediato e uma consequência futura nefasta, pois o programa não tem compromisso com a educação, com a qualificação, com a formação de quadros para o trabalho. Em algumas regiões de Pernambuco, como a Zona da Mata e o agreste, já há uma grande carência de mão-de-obra. Famílias com dois ou três beneficiados pelo programa deixam o trabalho de lado, preferem viver de assistencialismo. Há um restaurante que eu frequento há mais de trinta anos no bairro de Brasília Teimosa, no Recife. Na semana passada cheguei lá e não encontrei o garçom que sempre me atendeu. Perguntei ao gerente e descobri que ele conseguiu uma bolsa para ele e outra para o filho e desistiu de trabalhar. Esse é um retrato do Bolsa Família. A situação imediata do nordestino melhorou, mas a miséria social permanece.

A oposição está acuada pela popularidade de Lula?

Eu fui oposição ao governo militar como deputado e me lembro de que o general Médici também era endeusado no Nordeste. Se Lula criou o Bolsa Família, naquela época havia o Funrural, que tinha o mesmo efeito. Mas ninguém desistiu de combater a ditadura por isso. A popularidade de Lula não deveria ser motivo para a extinção da oposição. Temos aqui trinta senadores contrários ao governo. Sempre defendi que cada um de nós fiscalizasse um setor importante do governo. Olhasse com lupa o Banco do Brasil, o PAC, a Petrobras, as licitações, o Bolsa Família, as pajelanças e bondades do governo. Mas ninguém faz nada. Na única vez em que nos organizamos, derrotamos a CPMF. Não é uma batalha perdida, mas a oposição precisa ser mais efetiva. Há um diagnóstico claro de que o governo é medíocre e está comprometendo nosso futuro. A oposição tem de mostrar isso à população.

Para o senhor, o governo é medíocre e a oposição é medíocre. Então há uma mediocrização geral de toda a classe política?

Isso mesmo. A classe política hoje é totalmente medíocre. E não é só em Brasília. Prefeitos, vereadores, deputados estaduais também fazem o mais fácil, apelam para o clientelismo. Na política brasileira de hoje, em vez de se construir uma estrada, apela-se para o atalho. É mais fácil.

Por que há essa banalização dos escândalos?

O escândalo chocava até cinco ou seis anos atrás. A corrupção sempre existiu, ninguém pode dizer que foi inventada por Lula ou pelo PT. Mas é fato que o comportamento do governo Lula contribui para essa banalização. Ele só afasta as pessoas depois de condenadas, todo mundo é inocente até prova em contrário. Está aí o Obama dando o exemplo do que deve ser feito. Aqui, esperava-se que um operário ajudasse a mudar a política, com seu partido que era o guardião da ética. O PT denunciava todos os desvios, prometia ser diferente ao chegar ao poder. Quando deixou cair a máscara, abriu a porta para a corrupção. O pensamento típico do servidor desonesto é: "Se o PT, que é o PT, mete a mão, por que eu não vou roubar?". Sofri isso na pele quando governava Pernambuco.

É possível mudar essa situação?

É possível, mas será um processo longo, não é para esta geração. Não é só mudar nomes, é mudar práticas. A corrupção é um câncer que se impregnou no corpo da política e precisa ser extirpado. Não dá para extirpar tudo de uma vez, mas é preciso começar a encarar o problema.

Como o senhor avalia a candidatura da ministra Dilma Rousseff?

A eleição municipal mostrou que a transferência de votos não é automática. Mesmo assim, é um erro a oposição subestimar a força de Lula e a capacidade de Dilma como candidata. Ela é prepotente e autoritária, mas está se moldando. Eu não subestimo o poder de um marqueteiro, da máquina do governo, da política assistencialista, da linguagem de palanque. Tudo isso estará a favor de Dilma.

O senhor parece estar completamente desiludido com a política.

Não tenho mais nenhuma vontade de disputar cargos. Acredito muito em Serra e me empenharei em sua candidatura à Presidência. Se ele ganhar, vou me dedicar a reformas essenciais, principalmente a política, que é a mãe de todas as reformas. Mas não tenho mais projeto político pessoal. Já fui prefeito duas vezes, já fui governador duas vezes, não quero mais. Sei que vou ser muito pressionado a disputar o governo em 2010, mas não vou ceder. Seria uma incoerência voltar ao governo e me submeter a tudo isso que critico.

Transcrito da VEJA de 18/2/2009 - edição 2100

Promessas Não Cumpridas

O governador Sérgio Cabral elegeu-se com forte votação das favelas e bairros pobres do Rio de Janeiro

O governador Cabral Filho (PMDB) no dia 23 de outubro de 2007 deu uma declaração nazista contra a população pobre
Para Sérgio Cabral, a favela é “fabrica de produzir marginais”

Em entrevista publicada na págjna de notícias do G1, Cabral afirmou que "Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal" (G1, 24/10/2007).

Explicou ainda demagogicamente ser a favor do aborto para diminuir a população das favelas, uma verdadeira declaração que mostra o claramente o caráter de governo burguês que está disposto a qualquer momento de exterminar a população pobre.

PortalG1

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

CABRAL NOMEIA ACUSADO DE NARCOTRÁFICO

GOVERNADOR DO RIO, SÉRGIO CABRAL FILHO, NOMEIA ACUSADO DE NARCOTRÁFICO COMO ASSESSOR ESPECIAL.
2007

Nome do beneficiado: Fernando Cesar Jorge Barbosa.
Cargo: Assessor Especial da Casa Civil.
Acusação: traficante, praticante de extorsão, facilitação para a comercialização da droga, formação de quadrilha.
Acusador: CPI do Narcotráfico de Brasília.

'O governador NÃO SABIA DE NADA'.

DEPUTADO PAULO MELO ( PMDB ) ACUSADO DE IMPROBIDADE




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DEPUTADO PAULO MELO ( PMDB ) - Da casinha de sapê a 23 imóveis.

Um patrimônio declarado em 2001 de R$ 1.275.527,54 separa o deputado Paulo Melo (PMDB) do vendedor de cocadas que, aos 11 anos, deixou a família, em Saquarema, a bordo de uma kombi da prefeitura para se aventurar em um até então desconhecido Rio de Janeiro. A lembrança continua estampada na memória do parlamentar: foi para o bairro em que nasceu, agora Porto Novo, que ele voltou, depois de fazer dinheiro na capital. Os lotes que comprou em abril de 1995 por R$ 8 mil se transformaram em uma suntuosa mansão num bairro humilde do município.
Nesse mesmo lugar, há 40 anos havia apenas uma casinha de sapê, que abrigou os dez irmãos, os pais e o próprio deputado. Eram tempos difíceis e relembrados com tristeza por Maria do Nazaré e Fátima, irmãs de Paulo Melo. Elas contam que o irmão sobreviveu os primeiros anos no Rio como engraxate e chegou a morar na rua.

O presente é diferente. Segundo a última declaração de bens entregue ao TRE eram 23 imóveis, sete a mais do que os listados no documento apresentado em 1997. Na Alerj, Melo começou a se projetar ao assumir o cargo de líder do governo Marcello Alencar (1995-1998).

Instituto Paulo Melo está sob investigação do Ministério Público.

04/02/07
O Promotor Leandro Navega, da Procuradoria da Tutela Coletiva do núcleo de Araruama, abriu um inquérito civil para apurar irregularidades num convênio entre o Instituto Social Paulo Melo, que recebe repasses de verbas municipais para prestar atendimento médico à população e a Prefeitura Municipal de Saquarema.

O inquérito criminal foi instaurado com base nas investigações de crimes de enriquecimento ilícito, sonegação fiscal, entre outros, que tramita na Sétima Promotoria de Tutela Coletiva do Ministério Público do Rio de Janeiro.

O deputado Paulo Melo é um dos principais investigados, junto com mais uma dezena de outros deputados estaduais da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, na ação criminal quecomeçou depois da série de reportagens “homens de bens da Alerj”, publicada pelo Globo a partir do dia 20 de junho de 2004.

OLHOVIVO

DEPUTADO PAULO MELO (PMDB ) TEM BENS BLOQUEADOS

Paulo Melo (PMDB), está com parte dos bens indisponível. A decisão foi da juíza Mabel Saramago, de Saquarema, que concedeu liminar ao Ministério Público (MP) em ação de improbidade administrativa contra o deputado, a mulher dele, Franciane Melo, vice-prefeita da cidade, o prefeito Antonio Peres (PMDB) e o procurador do município, Antonio Francisco Alves. Todos estão com bens indisponíveis.
O caso envolve convênio entre a prefeitura e o Instituto Paulo Melo, pertencente ao deputado. Para o MP, o contrato foi irregular. Dos cerca de R$ 420 mil previstos no convênio, a prefeitura repassou R$ 323 mil ao instituto além de suspender o acordo, a juíza ainda proibiu repasse de novos recursos.

Publicado no ODIA ONLINE em 29/11/2006 01:29:00

Em 2000 - O SENADOR CABRAL “não disporia de recursos lícitos para a compra da sua mansão "


A Receita Federal aplicou este auto de infração no almirante. Dizem que foi pelo belo palácio que o almirante Cabral comprou. Este escrivão prefere que se investigue. Por que foi multado o almirante? Por que?


Cabral “não disporia de recursos lícitos para a compra”, dizia ele.
Folha de SP 29/04/2003 - 08h47
Entidade pede ação contra senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ)
A Amperj (Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) pediu ao Ministério Público a instauração de inquérito civil contra o senador Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ). A associação quer que se investigue mais uma vez suposto ato de improbidade administrativa [adquirir bens, no exercício do mandato, incompatíveis com o patrimônio ou a renda do agente público] cometido pelo senador na compra de uma casa no condomínio Portobello, em Angra dos Reis. O caso foi investigado pela primeira vez em 1998, ano em que a casa foi comprada.
O então governador Marcello Alencar (PSDB) entrou com uma representação no Ministério Público Estadual contra Cabral Filho, na época deputado estadual pelo PSDB e presidente da Assembléia.
Para o presidente da Amperj, procurador Marfan Vieira, o então deputado não “disporia de recursos lícitos” para a compra.


FONTE